quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Camamu




E aí galera!!! Estamos no paraíso!!


Saímos de Ilhéus terça feira 11:30 da noite e chegamos aqui em Camamu ontem (quarta) umas 11:30h da manhã. A travessia foi agradável apesar dos 4 pirajás que pegamos pelo caminho. Bem, pegamos não, Lu pegou... pois é gente, nesta viagem eu dormi direto... e na cabine, ou seja, conforto total! Tá certo que toda vez que o Lu enrolava e desenrolava a genoa eu dava uma acordada meio assustada pois a catraca estava bem acima da minha cabeça. Fora o barulho das rajadas que vinham com o pirajá! Eu só ficava torcendo pra passar logo e depois caía no sono de novo. Tinha tomado 2 dramins desde antes de zarpar e esse sono todo foi por causa disto. Em Ilhéus estava bem mexido e além disso o barco está com cheiro de diesel... é... estamos com um vazamento insuportável de diesel pela tampa de inspeção. Vamos resolver isto em Salvador.


Enfim, dormi até de manhãzinha e acordei quando todos os pirajás já estavam longe. Até chegarmos em Camamu não tive o desprazer de passar por nenhum, que sorte!


Bem, a seguir o relato do Lu sobre a travessia:


Saímos de Ilhéus com vento E (leste) de 20 a 25 nós e só com a mestra no primeiro rizo fazendo uns 6 nós. Apesar das rajadas o barco adernava pouco. Esse foi nosso primeiro pirajá. Depois disso o vento diminuiu, abri a genoa e ficamos andando entre 4,5 e 5,5 nós numa velejada bastante tranquila. Como tínhamos planejado chegar em Camamu por volta de meio dia devido a maré esta velocidade estava dentro deste objetivo. Durante a travessia o vento rondava constantemente me obrigando a ficar mudando a regulagem das velas o que tornou a viagem um pouco cansativa, fora os outros pirajás pois em cada um deles eu tinha que arribar o barco e enrolar a genoa. Ainda tinha a chuva que limitava a visibilidade e molhava. Houve momentos que o vento diminuía e a nossa velocidade ficava abaixo de 4 nós. Nestes casos eu ajudava com o motor. Quando amanheceu o dia estávamos motorando e vi duas baleias próxima ao barco, uma cruzou a proa e a outra ficou pelo través. Acho que esta estava dormindo pois estava boiando na superfície. Nossa chegada foi tranquila e ancoramos facilmente no Campinho.


Foi isso gente, não foi meio tumultuado pra uma noite de sono?? Pois é, mas deu pra descansar legal apesar de toda esta movimentação... ainda bem que o Lu aguenta o tranco legal e ainda por cima não enjoa, né? Alguém tem que trabalhar -hehehe


Jogamos ferro, almoçamos e relaxamos um pouco no cockpit curtindo o silêncio e o visual do lugar. Depois demos um pulo em terra e fomos passear numa praia aqui pertinho. Aproveitei para tomar um coco numa birosca e fiquei encantada. Diálogo:


- Moço, esse coco aí tá bom?


Perguntei pois achei o coquinho que estava no balcão meio verde e pequeno.


- Tá muito não mas eu tiro outro do pé! Esse aqui tá muito doce não...


Pedi para fotografar pois achei o máximo. E o coco estava maravilhoso!!!


De tarde descansamos mais no barco e a noite voltamos para terra para a social do dia. Ficamos de papo com o pessoal aqui na pousada em frente até umas 9h da noite e viemos dormir.


Nossa, que sono revigorante! Luiz que o diga!!!


Acordamos hoje e depois do café da manhã fomos de bote até a praia e decidimos fazer uma caminhada pela Barra Grande. Assim que saltamos do bote, tranquilamente admirando a paisagem e passeando pela areia uma fatalidade: dei uma ultra mega topada numa pedra com o meu dedão do pé direito que ainda por cima é meio doentinho por já ter sido quebrado em um outro paraíso, Saco do Céu na Ilha Grande. Caraca, que dor!!!! Não acreditei!!!! Andamos até a birosca do homem do coco e pedimos gelo. Fiquei sentada com o gelo no pé enquanto o Lu foi buscar o bote para me resgatar e voltar ao Gandaia. No caminho passamos no Veleiro Marrano (do nosso querido Dr Marcelo) para uma rápida consulta e já no barco tomei o anti-inflamatório receitado (ainda bem que temos boa provisão de remédios e coisas para primeiros socorros) e fiquei com gelo direto. Agora são 14h e já me sinto um pouco melhor. Só não dá pra mexer muito o dedo. Espero não tê-lo quebrado novamente, ainda mais em outro paraíso! Mas não tem nada não, daqui a pouco vamos sair de novo, queremos aproveitar.

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